Informações básicas para a conquista da ESPECIALIDADE DE ESCALADA
Seguem algumas informações básicas que ajudarão os interessados em fazer a Especialidade de Escalada. Com 5 questões cumpridas vocês já conquistam o distintivo de nível 1, ou seja, com a parte teórica realizada isto já é possível. Quem tiver interesse em conquistar o distintivo de nível 2 (10 questões cumpridas) ou de nível 3 (todas as 15 questões cumpridas), pode me procurar, aí vamos para a rocha fazer a parte prática e organizaremos as outras questões também. SAPS, Igor
1. Conceituar os segmentos de escalada clássica,
esportiva, boulder e muro:
Escalada clássica: A escalada
clássica é o Montanhismo (sinônimo de alpinismo, andismo, etc.), que é um
esporte onde os praticantes buscam a ascensão ao topo de montanhas (geladas ou
não) através de caminhada e/ou escalada.
As modalidades são definidas de acordo com o terreno onde são praticadas:
- Terreno rochoso: escalada tradicional, escalada artificial e escalada de grandes paredes (big wall);
- Terreno gelado: escalada tradicional integralmente em gelo.;
- Terreno misto (rocha e gelo na mesma via): alta montanha e escalada alpina.
As modalidades são definidas de acordo com o terreno onde são praticadas:
- Terreno rochoso: escalada tradicional, escalada artificial e escalada de grandes paredes (big wall);
- Terreno gelado: escalada tradicional integralmente em gelo.;
- Terreno misto (rocha e gelo na mesma via): alta montanha e escalada alpina.
Escalada esportiva: Esporte
onde os praticantes buscam a ascensão de pequenas pedras (boulders) ou paredes
rochosas através da escalada. O objetivo desta modalidade é superar lances
(trechos) em vias de escalada curtas (menores que 50m), seguras e de exigência
física crescente.
Modalidades:
- Escalada de boulders;
- Escalada de dificuldade.
Modalidades:
- Escalada de boulders;
- Escalada de dificuldade.
Boulder: A escalada
de boulder consiste em subir uma rocha ou um muro de treino em que se
privilegia mais a força física de explosão em detrimento da resistência física.
Geralmente os problemas de bloco envolvem poucos passos. É comum o uso de
crashpads (colchões para o amortecimento de quedas) para a minimização dos
efeitos de uma possível queda do escalador.
Muros de escalada: Estruturas
artificiais em madeira ou betão, empregadas principalmente como local de
treino, dentro de salas (indoor) e, raramente, no exterior.
2. Distinguir escalada livre
de escalada artificial:
Na escalada livre, a corda
e outros equipamentos só servem para se assegurar a segurança do escalador. As
saliências do terreno são os únicos apoios para progredir na ascensão, logo o
escalador só usa os seus próprios meios (mãos e pés) para poder progredir na
parede.
Na escalada artificial o
material serve não só para segurar o desportista, mas também para ajudá-lo na
progressão, utilizando os pontos de segurança para se içar ou passar situações
difíceis.
3. Relacionar 10 palavras típicas do vocabulário de
escalada e respectivos significados:
Agarra - Saliência na rocha.
Pode-se segurar ou pisar nela.
Ancoragem -
Qualquer um dos dispositivos usados para prender o sistema de segurança, o
escalador ou a corda de rapel à rocha.
Ancoragem fixa - Aquela
que é instalada pelo conquistador (na escalada tradicional) ou pela pessoa que
equipou a via (na escalada esportiva) e não é mais retirada. Em geral, é feita
com grampos ou pitons.
Ancoragem móvel - Aquela
que é colocada por um dos escaladores e retirada pelo outro. Em geral, é feita
com entaladores.
Ancoragem natural -
Ancoragem montada apenas com uma fita, atada a uma árvore ou a um bico de
pedra, por exemplo.
Cadeirinha -
Dispositivo feito com fitas que prende o escalador pelas coxas e pela cintura.
É na cadeirinha que é presa a corda de segurança.
Costura - Cada um
dos pontos de proteção intermediários por onde passa a corda. É também o nome
de um conjunto de uma fita e dois mosquetões empregado para ligar a corda ao
ponto de ancoragem, às vezes chamado de costura expressa (em inglês, quick
draw).
Cordada - Equipe
de escaladores (geralmente dois ou três) unidos entre si por uma ou mais
cordas.
Croquis -
Diagrama que representa a via. Um bom croqui deve indicar claramente o caminho
a seguir na parede, o tipo de proteção a ser usado, o grau de dificuldade de
cada trecho, os pontos de parada, eventuais patamares para bivaque e as
possíveis vias de descida. Nos Estados Unidos, se diz topo.
Crux - Lance-chave, o lance
mais difícil da via.
Entalador -
Dispositivo de ancoragem que é instalado em fendas sem o uso de martelo. Há uma
enorme variedade de desenhos e marcas de entaladores, como, por exemplo, nuts,
friends, tri-cams, hexcentrics, bigbros etc.
Grampo - Dispositivo de ancoragem
permanente que é instalado num furo aberto com broca na rocha.
Grigri -
Dispositivo para segurança com corda fabricado pela Petzl.
Guia - Na escalada tradicional,
é quem escala primeiro, montando o sistema de segurança.
Limpar a via -
Recolher o material de proteção instalado na via. Isso geralmente é feito pelo
último escalador da cordada.
Mosquetão com trava - Aquele
que possui uma trava com rosca ou de engate rápido para evitar a abertura
acidental do gatilho.
Oito - Descensor em forma de 8.
Parada - Na
escalada tradicional, é uma ancoragem reforçada onde o guia para no final de
uma enfiada de corda. As ancoragens de parada são a base de todo o sistema de
segurança. Por isso, recomenda-se que elas sejam montadas com equalização em
múltiplos pontos.
Piton - Dispositivo de
ancoragem, martelado em fendas na rocha. Na escalada livre o piton é usado, em
geral, como ancoragem fixa. Na escalada artificial ele também funciona como
ancoragem móvel. O piton estraga as fendas, por isso, seu uso como ancoragem
móvel deve ser evitado sempre que possível. Há pitons em vários formatos e
tamanhos diferentes, com nomes como Angle, Knifeblade, Lost Arrow, Bong,
Birdbeak, Bugaboo etc.
Proteção - Em
geral, esse termo se refere aos pontos de costura a ser utilizados na montagem
do sistema de segurança.
Rapel - Descida pela corda. Em
outros idiomas se escreve rappel. Em inglês britânico e em alemão também se diz
abseil.
Top rope - Sistema
de segurança em que a corda que protege o escalado vem de cima, de modo que não
há possibilidade de quedas com choque.
Via - O caminho por onde se
escala. Em inglês, route.
4. Conhecer e dominar o uso técnico dos seguintes
equipamentos: cadeirinha, sapatilha, capacete, aparelho de segurança tipo
manual e travamento tipo auto blocante, mosquetão, costura e fita tubular
5. Relatar os aspectos da física aplicada à
escalada relativo às ancoragens e ao fator de queda
O fator de queda é
definido pela altura da queda dividida pelo comprimento da corda que absorve o
choque da queda (corda livre entre o freio e o escalador):
FQ= H/L
Onde
H = altura da queda
L = comprimento da corda livre entre o freio e o
escalador
Exemplos:
• O guia está 5m acima do último grampo. Ele cairá 10m
(5m até o grampo e mais 5m). A corda entre o segurador e ele mede 15m. FQ =
10/15 = 0,66
• O guia cai antes de costurar o primeiro grampo acima
da parada. FQ = 2 (independente da distância até a parada). Como não existem
costuras intermediárias, todo o esforço recai sobre o sistema de ancoragem.
Força de choque:
• Quanto mais alto é o FQ, mais dura é a queda, pois há
menos corda para amenizá-la. Um Fator de Queda alto, portanto, aumenta a força
de choque, que pode levar a quebrar elementos da cadeia de segurança e pode ser
fatal para o escalador.
6. Relatar as características da corda dinâmica em
sua estrutura, funcionalidade e período de vida útil
Tecnologia Kemmantle: As cordas
de construção Kemmantle apresentam diversos tipos de alma e de capa. A alma da
corda é confeccionada por milhares de fibras de nylon torcidas juntas, formando
cordões. Estes cordões são torcidos em direções opostas, metade à direita e
metade à esquerda, para que a corda seja neutra, isto é, não torça quando
submetida a esforço.
A capa,
geralmente colorida, é a que lhe proporciona a maioria das características de
manuseio. Com referência a construção da capa, quanto maior for seu número de
fios, maior será sua resistência e abrasão.
Cordas Dinâmicas: São
cordas kemmantle de alto estiramento (elasticidade), usadas para fins
esportivos em escalada em rocha ou gelo. Elas são fabricadas para ter
elasticidade de 6% a 10% com uma carga de 80 Kg e 40% com carga de ruptura.
Esta característica lhe permite absorver o impacto em caso de queda do
escalador sem transferir a força do impacto, evitando assim lesões. É
importante usar uma corda de boa construção para conquista de novas vias de escalada
ou em situações em que o fator de queda seja elevado.
Porém, uma corda que
alonga pode ser uma desvantagem quando utilizada para resgate ou espeleologia,
ou quando se precisa descer uma carga desde o alto de um prédio ou uma maca
suspensa por corda em operação de resgate. Por outro lado, as cordas dinâmicas
são menos resistentes à abrasão e desgaste, mas, de qualquer maneira, se você
planeja usar a corda somente para escalada em gelo, rocha ou para montanhismo,
deverá utilizar uma corda dinâmica.
Vida útil: A vida
útil de uma corda não pode ser preestabelecida. A sua duração depende de uma
grande quantidade de variáveis, incluindo o cuidado individual, a frequência de
uso, o tipo de equipamentos utilizados, a velocidade de descida em rapel, a
exposição à abrasão, o clima e o tipo de carga à que é submetida.
Qualquer
uma pode apresentar falha após ter sido descuidada ou submetida a condições
extremas, como cargas de impacto ou bordas afiadas. Você deve aposentar uma
corda quando ela apresentar cortes, quando a abrasão tenha causado um desgaste
significativo na capa, após uma queda forte (fator de queda maior que 0,25 em
corda estática), quando existir suspeita de contaminação por agentes químicos
ou em qualquer outra situação em que existem dúvidas a respeito.
Em
caso de cordas dinâmicas é praticamente impossível gerar uma carga que rompa a
corda como resultado de uma queda. Porém, pode ocorrer uma falha na corda como
resultado do efeito de vários fatores acumulados, por exemplo, uma queda
extrema em uma corda que já tenha sido exposta a cantos afiados ou em uma corda
que tenha se deteriorado devido a uma manutenção deficiente. Como regra geral,
uma corda dinâmica não deve ser utilizada por mais de quatro anos. Para o uso
normal, isto é, durante final de semana, dois anos é uma vida razoável.
Escaladores ativos calculam a expectativa de vida de suas cordas entre três
meses e um ano.
7. Pesquisar sobre o uso dos equipamentos de proteção móveis e fixos, e apresentar à sua patrulha após analisado pelo examinador
8. Realizar uma escalada em rocha com no mínimo duas cordadas, podendo ser em móvel ou mista
9. Compreender e explicar à patrulha, a graduação de dificuldade de vias de escalada em rocha
10. Programar e coordenar atividade de escalada, montando ancoragem em "top rope" para segurança na escalada, a ser executada preferencialmente para a patrulha, sob supervisão do examinador
11. Citar 3 formas de Impactos Ambientais possíveis de ocorrer numa via de escalada e como evitá-los ou minimizá-los
8. Realizar uma escalada em rocha com no mínimo duas cordadas, podendo ser em móvel ou mista
9. Compreender e explicar à patrulha, a graduação de dificuldade de vias de escalada em rocha
10. Programar e coordenar atividade de escalada, montando ancoragem em "top rope" para segurança na escalada, a ser executada preferencialmente para a patrulha, sob supervisão do examinador
11. Citar 3 formas de Impactos Ambientais possíveis de ocorrer numa via de escalada e como evitá-los ou minimizá-los
12. Demonstrar compreensão da gestão de riscos em:
eminência de chuva, pedras soltas e abelhas, ambos supostamente durante a
prática da escalada
13. Realizar, após a ascensão, descida da parede em
segurança, com emprego da técnica de rappel auto blocado
14. Relatar algum programa ou projeto proposto pela CBME (Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada), relatando-o em detalhes ao examinador
15. Executar com qualidade o nó oito duplo, oito costurado, nó de fita, nó UIAA, compreendendo as suas aplicações
15. Executar com qualidade o nó oito duplo, oito costurado, nó de fita, nó UIAA, compreendendo as suas aplicações
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